Pra não dizer que não suavizei
É sempre divertido ouvir nosso presidente falando, seu jeito coloquial, um tanto irreverente e bem iconoclasta, sem se preocupar com as críticas o presidente fala o que vem a cabeça e, às vezes, por tentar ser mais suave, a fala sai muito pior do que o aquilo que pensava.
Uma das ultimas declarações dele foi sobre os livros didáticos: “muitos são um amontoado de palavras, tem que suavizar”, vamos combinar que muita coisa nos livros didáticos são inúteis mesmo; lembro que meus professores, tanto na escola particular como na escola pública, usavam muito pouco os livros didáticos.
Essa fala específica do presidente parece ter sido suavizada, pois o que ele pensou, provavelmente foi bem mais agressivo, acho que sua intenção era atacar a suposta ideologia presente nos livros, varrer os comunistas ou algo assim.
Contudo, a fala do presidente não me divertiu tanto quanto os comentários, a ferocidade com que condenaram sua crítica; ora o que esperavam? Nosso atual presidente não é um acadêmico, muito menos um erudito escritor, é um político e a fala dele, pode ter certeza, alcançou seus apoiadores; ou seriam torcedores fanáticos?
Seja o que for, alcançou quem tinha que alcançar. O que os jornalistas, youtubers e formadores de opinião em geral não percebem é que o presidente não está falando para eles e ao criticarem dessa maneira rasa e altiva, sem efetivamente contra argumentar, estão na verdade ajudando ao presidente a se tornar ainda mais popular; assim como a direita ajudou o PT, seja Lula, Dilma ou Haddad a crescerem no imaginário do povo, sendo que os dois primeiros venceram juntos quatro eleições.
O que a galera não entende é que coerência, discurso concatenado e eloquência não vencem eleição. Como nos lembra Luiz Felipe Pondé, voto consciente não existe, pois a grande maioria das pessoas não tem tempo de acompanhar de perto a vida política. Eu sei que existem pessoas que realmente acompanham a vida política, participam de reuniões, audiências públicas e sabem o que fazem os representantes; contudo esses são a ínfima minoria, são aqueles que trabalham com isso, desempenham atividades relacionadas à vida política ou possuem tempo para acompanhar, ou seja, aqueles que já estão com as contas pagas ou pagam suas contas acompanhando a política efetivamente estão inteirados. Sendo assim a consciência que realmente existe é saber que somos influenciados pelo marketing.
Sim, sou uma pessoa suscetível à propaganda, na verdade você também é; apenas foi treinado para parecer alguém superior que não se deixa influenciar e pensa com a própria cabeça. Todos que leram mais de dois livros na vida e possuem uma maturidade mediana sabem que são influenciados e que não é possível pensar com a própria cabeça, é preciso ter referências. A única liberdade que temos é de escolher por quem seremos influenciados, quem irá nos fornecer nosso referencial para pensar.
Nesse sentido toda vez que, o presidente, “solta suas pérolas” está falando para o seu público, e sim chamo de público, pois o marketing atinge público, que a cada dois anos são eleitores; só ingênuos pensam que política se faz sem marketing.
Só os torcedores fanáticos do atual presidente não percebem que os verdadeiros democratas e liberais em seu governo são os ministros Paulo Guedes, Sérgio Moro, Tereza Cristina e Ricardo Sales, sendo assim, não me arrependo de ter votado nele, pois realmente escolheu um bom time, embora ele mesmo tenha uma postura muito questionável. Além do mais prefiro suas pérolas que são bem mais lapidadas do que as pérolas da antiga “presidenta”.
Mas pra não dizer que não suavizei, afirmo que em 2022, se não tiver outro candidato alinhado com o liberalismo econômico e conservadorismo, tendo um bom time de ministros, votarei novamente em Jair Messias Bolsonaro, como fiz na ultima eleição: entre Bolsonaro e Haddad votei em Paulo Guedes.
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